quarta-feira, 25 de julho de 2012

Armas, culturas e tendências



Não dá para negar, que fatos como este ocorrido nos Estados Unidos na madrugada do dia 20, sempre nos chocam profundamente, mesmo se considerando não tratar-se de um fato novo, ainda mais na terra do Tio San. Não podemos nos esquecer que nós também já tivemos nossos atiradores, e um caso ainda está bem presente na memória do brasileiro, o da escola de Realengo. E não quero aqui entrar no mérito da questão que costuma ser tão debatida nesta hora, por profissonais da saúde mental, principalmente, sobre as possiveis motivações que levam alguem a cometer tal ato.
O que quero discutir na verdade, é a impressionante diferença nas abordagens desses casos, aqui no Brasil, e lá nos Estados Unidos. Este tipo de ação aqui, costuma estimular uma enorme discussão em torno do tema do desarmamento, enquanto que lá, o efeito tende a ser exatamente contrário, com uma verdadeira corrida de americanos às lojas de armas.
Essa cultura das armas, tão presente na sociedade americana, escancarada sobretudo no cinema, é algo que realmente me impressiona muito. Incrivel como uma sucessão de tragédias ocorridas naquele país, como esta da ultima sexta-feira, não são suficientes para que a sociedade e a justiça revejam este conceito.
Não quero usar aqui de morbidez, ou parecer insensivel. Mas penso que este tipo de tragédia parece combinar muito mais com a sociedade americana. A nossa aqui tem muito mais a ver com pequenos absurdos do dia a dia, fruto de uma precária cultura terceiro-mundana. Lá, o cidadão aprende desde cedo a ser exigente, a não se contentar com o "menos", com o "menor", ou com o "remediado". Muito pelo contrário, querem sempre o colossal, o inteligente, o moderno, o justo, o correto, o preciso e perfeito. Acontece, que se esquecem que o ser humano não é nem preciso e nem perfeito. Muito pelo contrário, é imprevisível.

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